O mundo de Gafa

Bien venidos ao MEU MUNDO! Se eu quiser, eu jogo fora, penduro no varal ou guardo debaixo da cama, porque é meu! Esse Blog não tem fins (nem princípios) Lucrativos (quer dizer, se quiserem me dar grana, estamos aí!), porém é de extrema pretensão, mesmo que infundada! O importante é exercitar o cérebro! Mesmo que seja pro mau... Mesmo que seja de forma errada... Mesmo que tenha de explodí-lo! Porque se escrevemos, é para que alguém em algum lugar, quando ler, sofra alguma reação!

terça-feira, junho 27, 2006

Herói a sua maneira.

"Nessa casa, até o Gato é nervoso!"
Plaquinha de bazar, juro que ia comprar aqui pra casa...



Em uma dessas Metrópoles, ou Megalópoles, como quer que chamem, onde todos são uns loucos desvairados, alguém tem de ser racional e manter a ordem! mas, hoje em dia, parece ser vergonha a pessoa ser decente e fazer o bem, por isso os heróis usam mascaras!

Mas não EU...



Estamos a caminho do serviço e minha colega me pergunta as horas. Não havia tempo a perder! Rapidamente deito meus braços pra trás, meio que inclinados, em direção ao chão. Meu casaco escorrega dos ombros em direção ao chão, porém não chega a tocá-lo, por o pego no ar e, enquanto avanço correndo em direção ao Café da esquina, o enrolo no braço, fazendo parecer um escudo.
Pulo, encolho cabeça e pernas e atravesso a vitrine do Café. Caio, meio ajoelhado e me levanto, rodando meu casaco, fazendo com quew os cacos de vidro restantes se espalhem. Como num passe de mágiga, saco minhas duas pistolas Cromadas (legalmente adquiridas, com notas e porte) e, já com o casaco vestido e elas apontadas, uma, pra cabeça da moça do caixa e outra pro Atendente. Respiro fundo pra recuperar o folego e berro:

-- QUE HORAS SÃO?!

-- Desculpe Sr., não nos mach... (era a caixa falando)

Olho torto pra ela, engatilho Henrieta e Carmencita e repito.

-- SEGUNDA VEZ! QUE HORAS SÃO?!

-- Qui-quinze pras no-nove. (gagueja o Atendente.)

Desvio a arma pro chão e atiro do lado do pé dele.

-- SE EU QUIZESSE HORAS REDONDAS, EU CHUTAVA! TERCEIRA, E ÚLTIMA, VEZ... QUE HORAS SÃO AGORA?!

-- Oito horas com quarenta e sete minutos, Sr.! (responderam em unissono.)

Baixei as armas.

-- AGRADECIDO!

Guardei Henrieta e carmencita em seus coldres, nas costas e derrubei a porta com um chute. Alcancei minha colega e comecei:

-- São Oito e Qu... -- Mas não deu tempo de dizer mais nada. Saí correndo em direção a Avenida. Criança estupida e mãe mais estupída ainda, não viram o carro se aproximando em alta velocidade. Não tinha um minuto a perder. Inclinei o corpo e avancei correndo, já tirando de novo meu fiel casaco de couro pra ganhar um pouco de tempo... Pulei por cima de um "Ciclista alternativo", desviei de uma Senhora Obesa que me ostruia a passagem e esbarrei em um Senhor de idade avançada. Ele me ofendeu, mas não se têm tempo pra educações e desculpas numa hora dessas! O carro se aproximava... Alcancei a criança que estava imóvel. Nem chegou a descer da calçada. Empurrei ela pro cando e parei no meio da rua. Arremessei meu casaco contra o vidro do carro. me abaixei pra tomar impulso, recolhi o que me era de direito. não tinha tempo pra voltar nem avançar pra escapar do carro, assim que fiz o que qualquer pessoa normal faria. exato, me arremessei rolando sobre o capô do carro, já sem rumo certo, pois o casaco lhe cortava a visão... Rolei por cima, catei o casaco e parei na traseira do carro, sem nenhum ferimento. O carro foi ter com um hidrante, por imprudência dele mesmo... Vesti meu casaco e abri a minha mão esquerda... Lá estava a Moeda de Um Real e o Clips que EU havia visto quando saí da cafeteria. Quase que aquele garoto infeliz me leva eles...

Não acho minha colega... já deve estar no serviço. avanço correndo, prédio adentro, casaco vestido e esvoaçante, o elevador está se fechando... quaseconsigo entrar, mas era tarde. Vou para escada lateral, não há um minuto a se perder... ganho um lance, outro lance e no terceiro andar, alcanço o elevador. Entro nele. As pessoas me olham, mas isso não importa. Parece que o elevador leva séculos pra subir. me impaciento, apóio as mãos nas paredes e me impulsiono conta o alçapão do teto. Ele cede. me penduro nas escadas lateriais e continuo avançando. O elevador fica pra trás, como era previsto. Saio no oitavo andar. No fundo do corredor posso ver meu Chefe fechando a porta... saio correndo, novamente tiro o casaco. Deslizo por ente as pernas dele e jogo meu casaco por sobre o ombro dele, pra não sujar... Levanto de salto e pego o casaco ainda no ar. Coloco uma moeda na máquina do Café e salto sobre uma mesa... pego meu cartão ponto. Lá está minha colega, linda como sempre, pontuando o cartão dela. Corro em sua direção. Clanck, 8:59 no dela... Agarro-a pela cintura e rodamos abraçados. Retiro o dela e coloco o meu no relógio. Clanck 9:00 no meu. nenhum minuto de atrazo!

Pego meu café já servido na máquina. Dou um "Olá" geral a todos meus colegas de serviço. Sento na minha desconfortável cadeira, atráz da minha enfadonha mesa de serviço. Começa mais um dia monótono na minha rotina da Contabilidade...



Humor: Não dos melhores... Muito desanimado na verdade...


Ouvindo: Nicotine - Born to Be Wild.