O mundo de Gafa

Bien venidos ao MEU MUNDO! Se eu quiser, eu jogo fora, penduro no varal ou guardo debaixo da cama, porque é meu! Esse Blog não tem fins (nem princípios) Lucrativos (quer dizer, se quiserem me dar grana, estamos aí!), porém é de extrema pretensão, mesmo que infundada! O importante é exercitar o cérebro! Mesmo que seja pro mau... Mesmo que seja de forma errada... Mesmo que tenha de explodí-lo! Porque se escrevemos, é para que alguém em algum lugar, quando ler, sofra alguma reação!

segunda-feira, junho 19, 2006

Falsas Verdades do que deveria ser...

"... EU não quero dizer isso, mas o Mundo é maior que teu quarto..."
Cowboys Espirituais (deve ser coisa do Seu Frank Jorge...)





E lá vinha ela, de novo com aquilo... sempre aquilo, sempre a mesma história sobre ela mesma e somente ela... do quanto sofria, do que chorava, do quão não se importavam com ela e blá-blá-blá, etc e talz, mais blá-blá, e blablablabl....

"Splatch!" (não sou um exímio sonoplasta, mas acho que dá pra sacar...)

Dei-lhe um tabefe. Aliás, é uma excelente exemplificação, sabe? Não foi um tapa, tampouco um murro ou uma bocha... foi um tabefe! Sabe, quando tu ergue a mão, como se fôsse agarrar a própria orelha e desce, meio que com a junta dos dedos, costas da mão, sentimentos de raiva, de desgosto e respiração ofegante... tudo nesse movimento. Então, dei aquele tabefe. Pegou meio que na boca, parte do beiço e bochecha esquerda (de quem toma), pois sou canhoto de nascença. Mirei na cara e acertei na Alma... Ouvi sons de sentimentos se quebrando, mas devia ser no apartamento ao lado. Enfim, ao tomar o tabefe ela me olhou com uma cara que não era de dor, não senhor... não foi tão forte. Se tivesse dado um tabefe forte, daqueles que sei dar mesmo, ela nunca mais olharia é pra nada, rapaz. Pois é, ela olhou com uma cara de espanto mesmo, ela ficou muda, como nunca antes, aquela tagarela que falava tudo sobre tudo, não fechava a matraca, falava e falava e tanto tava de bem com a vida falando, quanto de mau com ela, 15 minutos depois, à resmungas de sua sorte (falta dela, no caso) e sempre assim, sem parar. Realmente, deixei um roxo em seu coração, além do vermelho no rosto. Não uso anéis, acho Anti-Esteticos (pra o Meu tipo de pessoa, no caso), mas mesmo assim, cortou de leve o lábio, não a ponto de sangrar. Ela continuava a me encara, calada como nunca! Podia ouvir as batidas do coração de ambos acelerando.


-- OK, agora é minha vez de falar, madame! -- disse EU, a romper aquele silêncio pesado, que dava pra cortar de faca de tão denso. -- Sabe, naverdade, não é madame... é guria. Sim, guria mesmo, e não no tom de Porto-Alegrês, que chama todo mundo de guri e guria... é tom pejorativo mesmo! Tu tem se comportado como uma guriazinha! Tu, que sempre alegou já ser/estar/parecer (e todos outros Verbos Auxiliares, se é que assim se chamam) madura... Puxa, é difícil aceitar que tucresceu? Que aqui não é a Terra do Nunca? Que nem sempre pode ser tudo como tu quer? O mundo não faz uma órbita ao redor do teu umbigo, sabia?! Nossa vida não é uma casa de bonecas, nem de lego, que tu monta, desmonta e remonta ao teu gosto... Talvez o que é bom pra tí não seja bom pra mim, assim como o que não tá sendo bom pra mim, tu reclama! Mas saiba que a liberdade de uma pessoa começa onde a do outro termina! Tu tem que aprender a respeitar opiniões, a não s´[o fazer o que quer sem medir consequência. Falo isso pro teu bem! Tá certo que sem,pre disse que a coisa mais importante na tua vida é tu mesmo e o restante é só apendice, mas isso não significa que os outros também tenham que te ter como a coisa mais importante, abençoada por Deus e bonita por natureza... Não, nada disso. cada um é importante pra sí mesmo, mas que qualquer coisa. Ninguém é a montaria de nínguém, um ajuda o outro e é daí que nasce algo. Ninguém depende de ninguém, ninguém pode ser culpado por nada que aconteça ao outro... cada um é responsável pelos seus atos e suas consequências... Sabe, se cada um cuidades, mas cuidasse mesmo, de sua parte e deixasse a dos outros de lado, muita coisa seria poupada... Se tu quisesse estar comigo só pelo fato de estrarmos lá, a ocupar quase o mesmo lugar, sendo nós mesmos, com outras pessoas, sendo elas mesmams também... O problema é que tu quer que EU seja Tu! Não quero ser tu. Gosto de tí do jeito que é e por isso não gostaria de estragar sendo tu. Não quero que tu seja EU. Só que entenda o que penso... (parei pra respirar. Devia estar vermelho, não de raiva, mas do calor do momento mesmo, do sangue estar todo lá na cabeça, do ânimo estar exaltado mesmo...)

Ela me olha com um olhar de criança arrependida, aquela que sabe que fez coisa errada e que quer ser justificada por ser apenas uma criança, e murmura, baixando os olhos:

-- Disculpa (com "I" mesmo!)... EU prometo que vou mudar! (levantando já os olhos e abrindo um largo sorriso)

(putz, ela não entendeu nada do que expliquei... ah, mulheres confusas...) SPLATCH!

Esse foi com a mão direita, na face Direita, pra não bater e inchar só de um lado... Pra algumas coisas sou ambidestro, como Bater nos outros ou coçar o saco... Ela caiu no chão e desatou a chorar. Me chamou de monstro. Acho que gritou pra mim ir embora, mas não ouvi, pois estava indo embora. Não gosto de Cowboys Espirituais, não muito, mas saí cantarolando aquela música deles, sabe?

"Garota, EU te falei
a vida é nada fácil
EU não quero dizer isso
mas o Mundo é maior que teu quarto...
Só quero Amar,
vivendo em paz."

Nunca cantei direito, mas juro que cantei em voz alta... tinha muitos vizinhos dos apartamentos (na verdade, Apertamentos, pois são de um espacinho de nada) fora de suas casas falando sobre algo, talvez EU, talvez não... quem se importa.
Acho que o barulho que ouvi de sentimentos quebrando não eram do vizinho, eram de lá mesmo... mas fingi que não entendi.
Uma lagrima escorre pelo meu olho.



Maldito cisco...



Humor: Satisfeito e só!



Ouvindo: Cowboys Espirituais - O Mundo é Maior que teu Quarto.