O mundo de Gafa

Bien venidos ao MEU MUNDO! Se eu quiser, eu jogo fora, penduro no varal ou guardo debaixo da cama, porque é meu! Esse Blog não tem fins (nem princípios) Lucrativos (quer dizer, se quiserem me dar grana, estamos aí!), porém é de extrema pretensão, mesmo que infundada! O importante é exercitar o cérebro! Mesmo que seja pro mau... Mesmo que seja de forma errada... Mesmo que tenha de explodí-lo! Porque se escrevemos, é para que alguém em algum lugar, quando ler, sofra alguma reação!

sexta-feira, janeiro 26, 2007

Existêncialismo de Butique.

"Pensar é espontâneo, mas doi!"
Alguém um dia foi sincero e disse isso...




Inferno... onde ouvi isso antes já?
Claro, sempre ouvi a mesma história, pessoas diferentes, tudo igual. Hoje e sempre.
Mesmas pessoas situações diferentes. Aparentemente. Alguém já fez isso antes.
Detesto quando isso acontece. Levanto, acendo a luz. Respiro fundo, sento na cama. Por que isso não me sai da cabeça? Por que não se tem um botão de "Auto-Clean" tipo desses novos Liquidificadores?!
Desligo a luz, deito de novo. Ligo o ventilador, deitado mesmo. Está a um palmo da minha cara. O ar sai quente dele. O ar se desloca mas é um ar quente. É como se viesse o Diabo em pessoa soprar na tua cara. É desumano, como quase tudo é.
Me viro na cama. Direita, esquerda, de frente, de bruços, meio de lado, viro pra cima de novo. vencido, abro os olhos. Não vou mesmo conseguir dormir essa noite. Tudo escuro. Sinto, gradualmente as pupilas se dilatarem. Começo a reconhecer traços do quarto.
Vejo o teto. Vejo que não nada o que se ver no teto. Não sei quem projetou a idéia do ser humano, mas era um sádico. Por que em nossa hora de descanso é que os pensamentos saem por aí, correndo, piruetando e fazendo algazarra? Por que não escolhem uma hora no dia para fazê-lo? Pensar dói. Aliás, perceber o fato de estar pensando é incômodo! É algo que nasce conosco e, no entanto, vez por outra, nos surpreendemos fazendo isso, como se fôsse a primeirissima vez na vida!
Tento parar com isso de pensar sobre pensar. Não consigo. Saio pra rua, em roupas de dormir mesmo. A essa hora não existe viv'alma fora de casa. Abro uma cadeira de praia na rua. Moro na cidade, quase roça, mas posso me dar ao luxo de abrir uma cadeira de praia no meio do pátio vez por outra. Não fumo, mas nunca tive tanta vontade na vida. Não por necessidade, mas pelo simples facto de se encaixar com o quadro. Afago o cachorro e sorrio. "Quer trocar?" pergunto a ele. Deita do lado da cadeira e simula um sorriso. Cachorros não sorriem, mas esse é maluco mesmo... O sono me vem. A vontade de dormir vem. A necessidade de dormir junto. Mas não consigo. É péssimo isso, pois não estou pensando em nada além disso. Penso em pensar, penso em dormir. Nada que vá mudar minha vida, nada que altere o destino de ninguém. Um devaneio trivial inescapável de péssimo gosto. Suspiro derrotado. Perdi a discussão pra mim mesmo, por falta de resposta. Levanto, guardo a cadeira. Olho pras minhas garrafas de bebidas. Penso em ser simbólico e tomar um gole de Whisky no gargalo. Desisto! Tomo um gole d'água e misturo Leite Condensado com Nescau pra comer de colherinha, pois me dou conta que é um saco ser existêncialista...




Humor: Abobalhado...


Ouvindo: Franz Ferdinand - The Dark of Matinee.